Desporto

Foi no fim de Junho de 2017 que vindo eu a descer as escadas de casa achei que já estava no ultimo degrau...só que não estava e caí, fiz uma entorse muito grave e parti o pé. Mas isto já era sabido, falei aqui na altura.

Só que por essa altura eu estava bem fisicamente, fazia dieta, treinava muito e estava a treinar bem, estava entusiasmada, finalmente fazia exercício com gosto, sentia-me forte e via resultados, e isso agradava-me imenso, mas realmente não me sentir a morrer cada vez que ia ao treino era fantástico.

E eis que mando o tralho lá em casa, eis que ando de muletas mais de 2 meses, eis que me vejo com um pé no dobro de cada vez que andava em pé, mas vim sempre trabalhar, até porque preciso mesmo é das mãos e do cérebro e esses estavam bem. A meados de Setembro decidi que ia deixar as muletas, apesar de o fisioterapeuta que me acompanhava ser contra, mas eu não aguentava mais com dores num ombro, uma tendinite que já existia agravou-se muito com o uso das muletas. E daí para a frente doía o pé (porque uma entorse desta dimensão não se cura em semanas) e doía e ainda dói muito o ombro. Já fiz vários tratamentos (incluindo dois de cortisona) e as dores são ao ponto de eu acordar durante a noite sem posição possível que me alivie.

Nunca mais fiz exercício, porque se do pé não conseguia mas do ombro ainda conseguia menos.

Em Fevereiro/2018, e sentindo-me francamente melhor do pé, recomecei o exercício com aulas de fitness, onde cada aula é diferente das outras. Nunca faço exercícios de braços alguns porque não consigo mesmo e outros porque me agravam bastante a dor posteriormente, e confesso que isso me chateia...não fazer o mesmo que as minhas colegas, mas o que me anda a irritar mesmo é a sensação que estou sempre para morrer, custa-me tanto, não consigo ir para uma aula com gosto, estou sempre deserta que acabe, não aguento do coração, não aguento dos músculos, não aguento do cérebro que só me manda parar. E fico tão chateada comigo, porque eu já fui diferente, já fiz caminhadas de 22 kms na serra da Lousã, já fiz mini trails na serra, e agora ando assim, fraquinha...fico tão chateada e desanimada.

 

Queria ser como o meu marido...ao fim de vários meses sem correr a semana passada foi fazer um treino e vinha todo feliz, o desporto dá-lhe felicidade!

Nível II de Livres feito!!!

E agora coisas mais alegres.

 

Confesso que sendo a minha filha um bocado medricas e bastante piegas quando ela acabou os níveis de Iniciação da patinagem eu achava que ela não conseguiria fazer os níveis de Livres, cheguei a dizer ao meu marido que medricas como era nunca ia conseguir fazer os saltos necessários à evolução na patinagem. No entanto sempre a incentivámos a tentar, tentámos fazê-la ver que cair faz parte, que A, B ou C para conseguirem chegar ao nível que estão já caíram e continuam a cair muito, e nem por isso andam sempre a chorar e que nódoas negras fazem parte.

Quando fez o nível 1 de Livres em Novembro passado eu reparei que a miúda até fez aquilo muito bem e que tem pinta para a coisa, mas mesmo assim depois pensei "Ok o nível 2 é muito mais difícil", mas não é que ontem foi a testes, fez aquilo com uma destreza impressionante e passou com 3 verdes, e agora está entusiasmadíssima para fazer o nível 3. E eu digo ao pai "tudo muito bonito mas o nível 3 é ainda pior" e ele diz "oh mulher ela consegue na boa!!", e eu digo que sorte nós temos em ter um pai/marido que acredita, que incentiva, que leva a treinos, que compra patins e material, e que mais uma vez se meteu em despesas com a promessa que fez.

 

Tenho uma família maravilhosa e que amo mais que tudo no mundo.

O adeus...

Sexta, dia 23, foi o dia das despedidas, das emoções, da indignação de todos que acompanharam o Bruno ao cemitério e de todos os que não conseguiram ir. Não nos conseguimos conformar deste desfecho e mais uma vezes dizemos que o que quer que fosse que ele estivesse a passar haveria sempre uma solução, uma mão, uma ajuda...algo. O que ele fez é que não foi solução para ninguém.

E quem cá fica como lida com tudo isto??? A esposa está um farrapo, o filho agora sofre a ausência mas mais tarde vai querer saber o porquê de o pai ter desistido, a filha, uma guerreira, uma miúda um pouco fria, mas essa frieza está a ajuda-la a ser forte, mais forte que uma grande parte dos adultos, vai haver o momento de descarga em que vai deitar tudo cá para fora, mas por enquanto e numa conversa tonta que eu estava a ter com a minha filha em que dizia que tinha sorte porque ela tem dois pais (uma conversa normalíssima acerca de não irmos ao Mcdonalds), a menina que estava atrás de mim me diz "eu agora não tenho pai nenhum!"...e caiu-me tudo ao chão.

Não é justo!!!! Lamento muito por eles...lamento pelo Bruno que se encontrou num beco sem saída sem que ninguém sequer desconfiasse de nada...mas esta nunca seria a solução.

Bruno...

Aconteceu o pior cenário, encontraram o Bruno...mas ele nunca mais vai sorrir para nós, nunca mais vai jogar à bola com o filho durante o treino da filha, nunca mais vai dizer "apareçam lá!", nunca mais vai estar lá no Carnaval, estamos desolados...

Desapareceu um amigo

Desapareceu um amigo...uma pessoa que entrou na nossa vida há poucos meses, uma pessoa com quem nos encontramos durante a semana numa situação específica, mas várias vezes por semana, uma pessoa que sorri imenso, que fala bastante, que tem todo o perfil de um amigo...pode ser amigo há poucos meses, mas parece-me um potencial bom amigo, gostamos muito dele e da esposa, para mim são amigos.

Mas esse amigo desapareceu há dois dias, ninguém sabe dele, a mulher anda aflitíssima, a família e os amigos apelam por informações por todos os meios disponíveis, as autoridades procuram-no e espera-se o pior...ou não.

Na verdade não sabemos se lhe aconteceu alguma coisa, apesar de não se encontrar em lado nenhum evidências de acidentes ou de ele nem sequer ser rico para considerarmos a possibilidade de um rapto, também não sabemos se desapareceu por iniciativa própria, e se assim foi pomos em questão o facto de toda a ideia que tinha daquela pessoa afinal não ser de todo verdadeira, porque ninguém desaparece por estar feliz ou por estar mentalmente bem e ele transmite felicidade, amor pela família, paixão pelos filhos...e ninguém desaparece por iniciativa própria quando há realmente esse tipo de sentimentos.

 

Inicialmente só me apetecia chorar por ele, pela mulher, pelos filhos...agora estou só confusa, já vamos para o terceiro dia desde que se deixou de saber dele e não há rasto nem dele nem do carro.

Ao meu namorado

Vá-se lá perceber a minha pessoa...meses e meses sem escrever e de repente 2 posts no mesmo dia. Sou assim, não escrevo por escrever, não falo de tudo o que se passa na minha vida, mas de outras que às vezes até me apetece falar não o faço por não querer simplesmente registar o momento ou na maior parte das vezes porque não estou inspirada.

 

Ora e a que se deve esta minha escrita?? Ao dia dos namorados pois claro...ou melhor ao meu namorado, esse homem que podia ter sido meu namorado há 25 anos atrás, até podia ter sido meu namorado há 15 anos atrás, mas que é meu namorado de há 8 anos para cá. Até 2010 os astros não se tinham alinhado, as estrelas cadentes não tinham passado em numero suficiente para concretizarem os desejos ou as passas de 1de Janeiro não tinham sido poderosas o suficiente. Até 2010 demos os passos errados, fizemos as escolhas erradas, daí vieram coisas muito boas e coisas muito más, mas tudo foi uma aprendizagem, tudo nos levou ao que somos hoje.

Ele que é o pilar mais importante da minha vida e da nossa filha, ele que é o meu futuro marido, que é o melhor pai da minha filha, que é o melhor coração que conheço mas que também tem os seus defeitos (assim como eu), ele que nos piores momentos diz sempre que "se fosse fácil não tinha piada" e remata sempre com um "vai tudo correr bem"...e não é que corre?!?!?

A esse homem fantástico, ao meu HOMEM, dedico o meu amor, a minha vida, e desejo do fundo do coração que seja assim para todo o sempre, que se ultrapasse os piores momentos e que se aproveite bem os bons momentos...só porque o amo, só porque me faz feliz, só porque me dá o melhor e mais reconfortante abraço do mundo quando mais preciso...só porque ele é a minha metade.

 

Amo-te gajo!!!!

 

 

Carnaval 2018

Isto há coisas fantásticas...andávamos nós há muitos anos no sossego da abstinência do Carnaval, quanto a mim de certeza que há mais de 18 anos que me passava ao lado, fazendo só os serviços mínimos de pais que compram fatiota e mascaram a criança para desfile das escolas e só mais uma ou outra tarde para brincar na rua com os amiguinhos quando no ano 2018 nos deparamos com uma nova realidade, todo um novo conceito de Carnaval...devido ao desporto da canita em que tem um treinador made in Nazaré, atletas e pais Nazarenos que vivem estes dias de uma forma alucinada nos incentivarem a ir experimentar, com a promessa de passarmos estes dias como nunca antes e ainda a ficarmos viciados na alegria contagiante que há nas salas de baile até ser de manhã.

Começou com o convite do treinador para a miúda integrar no desfile de Carnaval no carro feito por ele e daí a pensarmos em "porque não ir ao baile do Casino??" foi um saltinho (nesta sala em concreto temos vários amigos). No fim de semana devido ao trabalho do meu marido não conseguimos ir mas na segunda à noite lá andámos a pedir umas fatiotas emprestadas e fomos...e só posso dizer que foi a loucuraaaaaaa. A miúda divertiu-se à grande, nós adorámos e só viemos embora às 5h da manhã porque tínhamos que lá estar novamente por volta das 14h para o desfile, porque a verdade é que o Casino teve baile até às 9h da manhã.

É tudo diferente, o espaço, as pessoas, a diversão e a música...só vos digo que não tem nadaaaaa a ver com tudo o que conheci até agora, músicas brasileiras...nãaaa, nada disso. São só marchas escritas por eles, destinadas às casa de baile ou aos carros alegóricos, e são todas tão giras que não se consegue parar de cantar, ao ponto de quando ontem os acordei puseram as marchas a bombar lá e casa.

E ok...tinham razão, ficámos viciados. Há que começar a pensar nos disfarces para 2019.