26 de fevereiro de 2018

O adeus...

Sexta, dia 23, foi o dia das despedidas, das emoções, da indignação de todos que acompanharam o Bruno ao cemitério e de todos os que não conseguiram ir. Não nos conseguimos conformar deste desfecho e mais uma vezes dizemos que o que quer que fosse que ele estivesse a passar haveria sempre uma solução, uma mão, uma ajuda...algo. O que ele fez é que não foi solução para ninguém.
E quem cá fica como lida com tudo isto??? A esposa está um farrapo, o filho agora sofre a ausência mas mais tarde vai querer saber o porquê de o pai ter desistido, a filha, uma guerreira, uma miúda um pouco fria, mas essa frieza está a ajuda-la a ser forte, mais forte que uma grande parte dos adultos, vai haver o momento de descarga em que vai deitar tudo cá para fora, mas por enquanto e numa conversa tonta que eu estava a ter com a minha filha em que dizia que tinha sorte porque ela tem dois pais (uma conversa normalíssima acerca de não irmos ao Mcdonalds), a menina que estava atrás de mim me diz "eu agora não tenho pai nenhum!"...e caiu-me tudo ao chão.
Não é justo!!!! Lamento muito por eles...lamento pelo Bruno que se encontrou num beco sem saída sem que ninguém sequer desconfiasse de nada...mas esta nunca seria a solução.

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