5 de março de 2013

Coisas dela...

Dia 19 de Março vai ser comemorado mais um "Dia do Pai".
Quando se é criança esta é uma das datas importantes...quando se é pai esta data passa então a ter um significado muito mais especial, eu sei que se é pai (e mãe) todos os dias mas este dia, em que nos entregam as prendas feitas pelas próprias mãos faz aumentar o coração e o orgulho nos nossos filhos.

Mas ser pai (ou mãe) não é para todos, ou melhor, não é pai (ou mãe) qualquer pessoa que tenha um filho biológico, é como diz o ditado popular "pai é quem cria, quem dá amor", e é isto que eu vejo diariamente na minha casa, vejo um homem que não é pai biológico a "criar", a dar amor, a brincar e a dar ralhetes quando necessário, a ajudar-me na educação dela, a ir ao médico com ela, a ir buscá-la ao ATL quando sai mais cedo...como um verdadeiro pai. E isto não é para conquistar a filha ou mesmo a mãe, isto é a pessoa que tenho ao meu lado, é a sua essência de "pai" e de marido.
Do outro lado, do lado biológico vejo um pai que até gosta da filha, mas não faz nada mais por ela que ir buscá-la de 15 em 15 dias (quando é), e que não faz tantas outras coisas, que não acompanha, que não cria, que dá amor condicionado, que não se esforça e pouco quer saber (apesar dos meus esforços).
Tudo isto foi dito para chegar ao dialogo que a professora teve comigo esta manhã na escola (pré), em que veio ter comigo muito preocupada: 

Prof.: "Preciso falar consigo sobre a L. Ontem aconteceu uma coisa por duas vezes, e quer de manhã quer de tarde ela respondeu-me a mesma coisa! Fiquei preocupada, mas ela tem convicção no que diz e no que quer!"

(quer dizer comecei logo a pensar que a canita nunca se tinha portado mal na escola, se estaria a começar agora)

A prof continuou: "Estamos a fazer um trabalho do Dia do Pai e ela quer fazer o trabalho para o T (e não para o pai), perguntei duas vezes se era mesmo isso que queria, e ela respondeu com convicção que sim, que é o que ela quer fazer, e olhe foi o que eu fiz, o que havia a escrever está escrito sobre o T., ela assim o quis, e ela sabe bem o que está a dizer!"

Eu, que já sabia disso que ela já me tinha contado que estava a fazer o trabalho para o T., fico por um lado com pena da minha filha, porque afinal o pai que escolhi para ela não é dos melhores, mas cheia de orgulho que a minha filha consegue ver quem tem ao lado dela...isto aos 5 anos e sem qualquer tipo de pressão da nossa parte (bem pelo contrário, nunca lhe dizemos mal do pai e incentivamos sempre o convívio entre eles). 



Outra dela, ainda desta manhã, enquanto a vestia:

Ela: "Mãe tenho dentes a cair!"
Eu: "oh filha não tens nada, os dentes para caírem têm que abanar, e os teus ainda nem começaram a abanar (teve o primeiro dente aos 14 meses). Mas queres que te caiam os dentes!?!?
Ela: "Sim porque quero ir para a primária aprender a ler!"

Pronto, tá bem, cair dentes é sinónimo de ir para a primária aprender a ler...podia ser pior!

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