Nós por cá fomos ontem ao médico ao fim do dia, um médico excelente que me diz que o problema da minha filha é basicamente do sistema nervoso, a este caso chamou "ansia da separação". Os sintomas são pontuais e quase sempre de manhã, antes de irmos para a escola ou ATL e quando estamos para sair de casa ou quando chegamos à escola/ATL. Tudo isto é consequência da separação dos pais e apesar de já terem passado 2 anos e está cada vez mais ligada a mim e cada vez menos ao pai, e lá na cabecinha dela sente que foi "abandonada" pelo pai, apesar de estar com ele de 15 em 15 dias, e tem medo (muito medo) que eu a deixe em algum lado e que não a vá buscar. Este é um problema que me preocupa bem mais que uma gastroenterite (credo já escrevi tantas vezes mal esta palavra), a qual é medicada e ao fim de uns dias passa, para este problema não saimos do consultório com uma receita milagrosa, mas com aconselhamento de muita paciencia e tentar desvalorizar (mesmo que só aparentemente) os sintomas apresentados, que ela sabe que enquanto eu estiver preocupada com ela não vou trabalhar, chego atrasada, fico preocupada o dia todo, etc.
De nós por cá...sem ele, não é fácil, as coisas vão fluindo enquanto a canita está acordada, mas quando ela vai para a cama apodera-se de mim uma "tristeza" enorme, os olhos pesam de sono e não consigo adormecer, a posição nunca é confortável por mais voltas que dê no sofá ou na cama.
Sem ele sinto solidão, pode parecer estranho ou até patético, mas sinto-me mesmo só apesar de ter o meu outro grande amor no quarto a dormir que nem um anjo, mas o amor que está longe faz-me uma falta imensa. E eu não gosto de solidão, não gosto de estar sozinha, detestaria viver sozinha.
Dele por lá...sem nós, pelos visto tem apanhado chuva e mais chuva, lama e mais lama, mal tem tempo para falar conosco, anda cansadito e sei que tem saudades nossas, mas bolas amor "tu é que fizeste as sandes!!!!".
Nunca estive tão deserta por um domingo à noite!
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